domingo, 31 de janeiro de 2010

Telejornal ou Televendas: Você Decide! ...ou pensa que decide...

No blog do J fiquei a saber do NLP (Neuro-Linguistic Programming), ou Programação Neurolinguística (PNL), e sobre a forma como este conhecimento científico da mente humana se tornou, outra vez, numa ferramenta contra o Homem para favorecer uma mão cheia de homens. Vou resumir: nos links dos vídeos que se podem (e devem!) ver no blog do J, ficam-se a conhecer algumas técnicas usadas para manipular, para nos venderem o que querem. E nós "escolhemos livremente" o que nos querem vender, desde o aspirador ao Primeiro Ministro. Mas tudo livremente. A comunicação social é um exemplo usado nos vídeos por ser, obviamente, um meio de manipulação de massas por excelência. Já todos se aperceberam muitas vezes de uma entrevista que é conduzida para descredibilizar alguém (a Sra. D.TvI, aka Manuela M. Guedes, fazia isso sem qualquer pudor). Ou o debate em que as perguntas postas a um dos convidados são feitas num outro tom (lembro-me de um debate em que o candidato do MMS teve direito às mesmas perguntas, mas foram-lhe postas como se se estivesse a fazer um frete, um favor. Isto é parcialidade. Isto é manipulação)... E estes "pequenos" pormenores são importantes. A expressão corporal é muito, muito importante. Todos juntos, estes factores são uma forma subliminar de nos transmitirem mensagens, conceitos, que, por virem nessa forma subliminar, são assimilados sem qualquer questão.
Na minha opinião, o pivot de um telejornal pode ser um agente activo, uma ferramenta nesta PNL. É um actor antes de ser jornalista. Portanto tem um guião, um argumento a seguir, enquanto actor. Julgo que a expressão corporal, tom de voz, atitude, postura, são pormenores que uma linha editorial não deixa ao acaso. Na minha realidade, 80% do jornalismo que vejo está estrangulado pelas linhas editoriais que estão, também elas, estranguladas pelos grupos a que pertencem. Temos uma comunicação muito pouco social. É mais uma propaganda social. E esta forma "abstracta" de comunicação ou propaganda tem sido explorada para condicionar as escolhas do Homem ao ponto de nos fazer crer naquilo que nos é benéfico ou não, ou o que devemos ou não temer.

A Programação Neurolinguística tem muito mais que se lhe diga, a avaliar pelo que encontrei na net. Esta questão da manipulação parece-me ser uma das vertentes duma matéria que julgo multifacetada. Aconselho as buscas na net por sites, artigos, documentos, relatos, tudo o que parecer interessante sobre o assunto. Tirem as vossas conclusões que eu tirei as minhas.

Num zapping à hora de almoço vejo a Sra. Hillary Clinton, convidada de um talk-show. Lá estava a tal vertente persuasora da PNL em todo o seu esplendor. Um autêntico teatro a começar pela postura certa da anfitriã. Com um olhar atento, interessado, acenava com a cabeça num assentimento constante à convidada que, debaixo de um banho de luz que lhe dava não uma mas 18 auras e 2 auréolas, explicava qualquer coisa que devia ser emocionante. Não sei o tema da conversa porque baixei o volume. Estava a comer e eu estou cada vez mais BSI (Bull-Shit Intollerant). Mas dava para perceber que o realizador queria mostrar o clima de tensão no estúdio. A alternância entre o grande plano das espectadoras e dos seus olhares atentos, também elas no seu "sim" constante com a cabeça em sinal de reverência, e o grande plano da convidada que discursava de olhos brilhantes, demonstrava bem qual a mensagem subliminar a ser passada: "Esta senhora sabe do que fala!", "Ouçam-na, admirem-na", “É nela que devem acreditar”. Claro que a partir do momento em que o telespectador começa a identificar estas manobras, descobre que assiste não a talk-shows e entrevistas mas sim a espectáculos de televendas camuflados. Tenho que corrigir. Acho que cada vez menos se preocupam em camuflar. Já é tremendamente descarado. Só falta o telespectador querer ver e identificar a manobra.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Tu vai mas'é tratar-te!

Nomofobia. Esta passou agora nas notícias. Pelos vistos sofre de nomofobia aquele que não consegue estar incontactável, sem um telemóvel, facto que pode trazer grande angústia.
Pois eu acho que alguém que fica com angústia por estar incontactável sofre de outras maleitas da cabeça mais graves que a nomofobia.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Diz-me com quem andas...

Soube ontem que em 1977 três investigadores e activistas ambientais publicam um trabalho sobre o excesso de população. Coisa curta de 1000 páginas. Nesse trabalho são citadas e discutidas várias formas de controlar o crescimento populacional, que vão das mais pacíficas como o planeamento familiar, às mais radicais como esterilização forçada da mulher ou a esterilização involuntária da população através da água ou comida.

(Para que não ficassem dúvidas, alguém achou por bem digitalizar algumas páginas desse trabalho. Para ver aqui)

Do que li (e não li tudo, obviamente) fiquei com a ideia que não se está a citar seja quem for, mas sim a explorar uma concepção de uma política de controlo da natalidade. Mas esta é a só a minha ideia. Cada um que tire a sua.

Estamos agora em 2010 e passaram quase 33 anos desde a publicação do livro. Três décadas depois, um desses três investigadores, John Holdren, é o assessor do Sr. Obama para as Políticas Científicas e de Tecnologia e director do mesmo gabinete. Holdren foi também assessor de Clinton para a Ciência durante 7 anos.
33 anos podem mudar uma pessoa, é certo, mas quer-me parecer que para alguém que achava que uma das formas de controlar a natalidade seria ministrar drogas às pessoas sem o seu conhecimento, os 33 anos não chegam. Só acredito se durante esse período tenha sentido na pele, literalmente, uma medida contraceptiva radical. Como a remoção forçada do saco escrotal, por exemplo... Mas este é o meu lado céptico a falar.

Convém reportarmo-nos à década de 70 e ao que seria o ambiente num campus universitário... muito liberalismo... activismo ambiental, "investigação" num sentido lato... experimentação... toma lá ácido, dá cá ganza e vice-versa... e pronto!... lá vem uma alucinação escrita. Não é de descurar esta hipótese.

Vou acreditar que Herr Holdren mudou em 3 décadas e que hoje diz a verdade quando afirma que nunca defendeu que algum governo pudesse implementar políticas que fossem intervir na vontade do indivíduo de procriar ou não. Afirmou-o perante o comité de nomeação, numa atitude de auto-flagelação por deitar fogo ao seu "rabo-de-palha". Agora resta saber se é de facto verdade. Eu espero que seja.
...E este é o meu lado crente a falar. (...tem pouca prática e muitas mágoas, este lado)

Mas que o Sr. Obama os escolhe a dedo, disso não restam dúvidas. Ou então esta é a DreamTeam dos Democratas... E este é supra-sumo em Ciência dos Democratas... não há lá melhor entre os militantes ou filiados no partido? Um Sr. Cass Sunstein que controla a informação seguindo a escola de Goebells e um Sr. John Holdren que parece gostar de brincar com a fertilidade da malta seguindo a escola de Mengele, parecem-me ser pessoas com uma noção de Democrata muito peculiar. Não quero saber o que será para estes dois uma ditadura.
São companhias um pouco questionáveis para o chefe máximo da nação que quer ser um estandarte da democracia e o símbolo de um mundo livre.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Cass Sunstein

Nunca tinha ouvido falar neste exemplar até ter visto as notícias ontem no American Free Press. (Vi mais aqui e aqui) Segundo o artigo, o Sr. Sunstein é da opinião que blogues, redes sociais e outros que defendam teorias da conspiração devem ser calados. São prejudiciais ao bom funcionamento da sociedade e da democracia. Esta opinião não é única e mais exemplares há que partilham desta visão e não encontro nisso qualquer problema. A democracia está viva quando todos exprimem o seu pensamento. O problema é que o Sr. Sunstein foi escolhido pelo Sr. Obama como o seu chefe do “Office of Information and Regulatory Affairs” (Teve que ser assim porque não consigo traduzir correctamente a pasta que lhe foi entregue... os Regulatory Affairs trocaram-me as voltas). E um senhor com este pensamento, encarregue de uma pasta de Informação e “Regulatory Affairs”, não é lá muito bom sinal...
O medo da proliferação de sites, blogues e redes sociais onde boatos e rumores ganham a dimensão de crenças, justificam as intenções do Sr. Sunstein, de regular a informação na Net. O Sr. Obama, pela mão do Sr. Sunstein, assume assim que a melhor forma de evitar a disseminação do rumor é calar a boca que o profere. Na minha eterna ignorância pensava que a melhor maneira de acabar com um rumor era com a verdade. Calar bocas que não dizem o que queremos ouvir, seja verdade ou não, parece-me um pouco opressivo. Tudo o que é claro e transparente não é propício ao rumor e ao boato. E se há rumores e boatos, devem ser esclarecidos e depois apagados. Ou melhor, apagam-se depois de esclarecidos e clarificados. Este seria um método para terminar com os boatos e as teorias da conspiração. O Sr. Obama prefere a mordaça. São opiniões e a dele vale bem mais que a minha... (por isso é que ele tem a Sala Oval e eu escrevo desabafos num blogue)
Uma medida deste calibre, de regular a informação na Net, é muito polémica. Para que tenha pernas para andar, a opinião pública precisa de estar ao lado do Sr. Obama. Estou curioso para ver a manobra que vão usar para justificar à malta que não são só os sites islâmicos anti-E.U.A que a Casa Branca quer vigiar... também quer saber o que dizem e pensam os "compatriotas subversivos".
Já lá vão uns aninhos que não eram tão transparentes quanto às perseguições políticas. Ao menos nesta parte não dão azo a rumores.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

They're Fuckin' With Me Subliminally

Há músicas que me vão acompanhando durante a minha vida aqui no planeta. Tenho várias, e uma série de razões para as "trazer comigo". Uma letra ou um refrão intemporais são uma dessas razões. E esta é uma dessas músicas. O título é sugestivo e o nome da banda que a criou ainda é mais: Suicidal Tendencies. Hardcore do início dos '90, puro e duro. Ainda tocam e estiveram há coisa de 2 ou 3 meses aqui por estas terras. Para mim são os Stones do hardcore. Curiosamente (ou não) esta não é a única música de Suicidal que trago comigo. Já não os ouço tanto como ouvia, que o corpo também já não dá para grande head-bangin'. Kiddin'. Mas este título de Suicidal começou automaticamente a tocar assim que vi esta campanha de um banco (este é roxo) para vender relógios. A frase usada é "O tempo é um luxo". É só uma frase para vender relógios, mas é também o reforçar de uma ideia distorcida que nos tem vindo a ser imposta. Vendo bem, de subliminar tem muito pouco. É explícito e declarado.
Mesmo assim, acho que falta um remate, um ponto final. E atrevi-me a tentar corrigir essa falha (na minha leiga e modesta opinião, claro). O criativo que me desculpe mas apeteceu-me.
Então eu acho que a coisa podia acabar assim:







Acredito que o tempo é um luxo...
...e eu sou obrigado a vender o meu.

Acredito que o tempo é um luxo...
...e o espaço uma especialidade gastronómica.

Acredito que o tempo é um luxo...
...e que este banco ofereceu relógios aos seus funcionários para verem quantas horas dão ao patrão em vez de estarem com a família.

Acredito que o tempo é um luxo...
...e os impostos uma dádiva.

E ficava aqui o resto do dia a dar finais felizes à campanha. Mas não posso. Faltam-me os luxos.


Parabéns a você

Um aninho de Obama, O Salvador. Foi o que me faltou ouvir enquanto assistia incrédulo às chamadas telefónicas que caíam sucessivamente num fórum de um desses programas matinais. Vozes embargadas agradeciam o trabalho já feito e o que virá a fazer. O que vi foi quase extâse fanático-religioso. E é nestas alturas que me parece impossível que se consiga mostrar às pessoas que, por muito que o Sr. Obama queira acabar com os desequilíbrios sociais, ou incentivar o desenvolvimento de energias alternativas, ou fomentar o diálogo com o "mundo islâmico", por muito que queira fazer seja o que for, os donos do jogo, os que ditam as regras, não vão permitir. Ou é corrompido, ou afastado. Já aconteceu antes. Esta é uma ideia.
A minha é esta: O Obama já trazia fios quando foi eleito. A palavra de ordem "Yes We Can", a proximidade com o eleitorado, o arregaçar da manga a dizer "sim, temos todos que ajudar... os tempos são dificeís mas todos conseguimos... yes we can!", este efeito aglutinador para juntar as massas traz água no bico. O Sr. Obama foi (ou continua a ser), na minha opinião, levado ao colo pelos media. E é esta parte que me deixa desconfiado. Até a história do Nobel da Paz que descredibiliza logo, já agora, o que para mim era uma instituição imparcial e isenta. Enfim... velhos tempos. Mas acho que o Sr. Obama recebeu a notícia de ser um dos nomeados para o Nobel da Paz como o Paulo Portas recebeu a notícia de que ia ficar com a pasta da Defesa: "Quem?!?! Eu?!?! ...não pode ser...!!!" Eu sei que foi há muito tempo mas também me parece que ser laureado com o Nobel é um daqueles momentos importantes nestes 365 dias á frente do Mundo. Por isso, em tom de homenagem, vou transcrever agora, quase um ano depois, o telefonema que Obama fez depois de saber da sua nomeação:

Obama - "'Tou, Boa tarde caro Sr.Dr. Rockefeller... espero não estar a incomodar..."

Rockefeller - "Não incomodas nada, pá. Na boa. E deixa lá o caro Sr.Dr., estamos à vontade. Basta Sr. Dr. Mas então conta lá."

O - "Sr.Dr. Rockefeller... por acaso o Sr.Dr. terá algo a ver com esta coisa de eu ser nomeado para o Nobel da Paz? ...Parece uma daquelas partidas, e das boas... é que é logo o da Paz..."

R - "Oh caraças... esqueci-me de te avisar! Fomos nós que tratámos disso, sim. Olha e ainda bem que falas nisso porque também ficas já avisado: Finais de 2010, início de 2011 és canonizado. 'Tá tudo tratado com o Pastor Alemão... depois a data é uma questão de agenda. Acertam depois as secretárias essas tretas."

O - "...então ainda bem que liguei. Mas Sr.Dr., para ser canonizado não é preciso estar morto?"

R - "Isso era antigamente... hoje em dia a coisa é mais flexível. O Vaticano adaptou-se a um novo mundo, percebes?! ...e depois para nós, é a tal «win-win situation» ...não interessa se é santo vivo ou santo morto. É santo e é dos nossos!"

O - "Com todo o respeito Sr.Dr. Rockefeller, mas essa situação de win-win não me toca a mim... é que..."

R - "Tem calma rapaz... não te preocupes. Vai tudo correr bem... Agora tens é que pôr alguém a tratar do discurso do Nobel. Já 'tás a tratar disso?"

O - "Ainda não... mas estava a pensar num discurso que apelasse mais à união e ao entendimento entre os povos e como nós nos vamos dedicar a isso... invocar Martin Luther King..."

R - "...Olha lá... queres ver que vais ser canonizado à moda antiga?! Tu nem te metas nisso! Deixa-te dessas merdas. Vais lá, agradeces, dizes que de facto o teu país tem trabalhado para a paz... mas que nesta coisa do negócio da paz também se atiram bombas e tal...e muitas... E portanto (e isto é muito importante), portanto, ainda mais bombas vão ser atiradas. Vais lá prepará-los, 'tás a ver? mas com o Nobel da Paz na mão, que dá logo outra cor à pintura"

O - "...pois, de facto... tenho que concordar."

R - "Claro que tens que concordar. A malta dá valor a estas merdas... e olha lá outra coisa... foste dos poucos até hoje que nos fez visitar os tarados dos suecos... não te esqueças"

O - "Não esqueço Sr.Dr. Rockefeller. Não esqueço e agradeço muito. Agora diga-me o que acha de eu, no fim do discurso, dizer que vou gravar em cada bomba, míssil e bala, a medalha do Nobel? ...como que a dizer: queremos tanto a paz que até as bombas trazem certificado!"

R - "É capaz de ser boa ideia... mas não aprofundes muito para não meteres aquela malta toda a chorar... não é o sítio ideal e aquela gente sensibiliza-se por tudo e por nada"

O - "O Sr.Dr. é que sabe. Mas, já agora, devo dizer Sr. Dr. que este prémio não é só meu... também é seu... ganhámo-lo os dois!"

R - "Pois, pois... claro! Olha... tenho que desligar que eu não tenho a tua vida. Evita telefonar, ok? Assim que necessário alguém entra em contacto contigo... entretanto segue aquelas linhas que falámos antes... queres a paz mas obrigam-te a entrar em guerra e tal... tu sabes. Adeusinho"

O - "Ok, Sr. Dr., prazer em ouvi-lo e cumprimentos lá em casa... vou desligar... com todo o respeito... obrigado, com licença."

E lá foram os dois, para as suas vidas atarefadas. Um atarefado a salvar o seu mundo, o outro a fingir que salva o de todos.




quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Do ambiente

Que a Natureza está a reagir às agressões do Homem, eu não dúvido. Que essas reacções são "perigosas" para o bicho Homem, também concordo. Mas não acredito nas medidas pró-ambiente que nos querem impingir. O plástico é um problema. Mas a nossa necessidade em produzi-lo é um problema ainda maior. A emissão de CO2 e NOx para a atmosfera é outro problema. A necessidade da produção indústrial na qual toda uma economia acenta é um problema ainda maior. O consumo de hidrocarbonetos é um problema. A nossa necessidade em consumi-los é um problema ainda maior. A matemática da coisa é simples: elimine-se um dos factores e o resultado é Zero. Elimine-se a necessidade, acaba-se o problema. O esquema económico actual não permite, não dá espaço às preocupações ambientais. São incompatíveis. São interesses em rumo de colisão. O que até poderia ser engraçado se tivessem os dois o mesmo peso, a mesma tonelagem. Mas não é assim, e continuando a analogia náutica, um é uma casca de noz, o outro um petroleiro fully loaded... a casca de noz nem a tinta da proa lhe arranca. É abalroada e despedaçada em segundos. É necessário explicar quem é quem? …também acho que não. Pode-se dizer que é fácil mandar bocas para acabar com a necessidade e tal... e fazê-lo? Pois... eu não sei. Mas sei que há alternativas por explorar. Porque não investir mais em explorar e desenvolver essas alternativas em vez de se investir em armamento e defesa, por exemplo? ...e numa defesa que acaba por ser fictícia. Está mais que provado que o "perigo" de que nos defendemos é muitas vezes criado pelos "nossos líderes" "em nossa casa". (entendam-se as aspas como expressões e conceitos a serem repensados) Se é de dinheiro que se quer falar, então ao menos que se pense que nos andam a fazer gastar dinheiro naquilo que outros querem, quando querem e lhes favorece os interesses. Não se gasta o dinheiro para criar ou procurar o bem-estar do homem.

Pequeno detalhe 1:
- Hoje em dia até uma catástrofe NATURAL serve para encher os bolsos de alguém. Qual é a NATURALIDADE disto? Um outro problema a meu ver é uma passividade, uma dormência geral que se vê nas pessoas quando de facto acham NATURAL que, por exemplo, a reconstrução de Port-Au-Prince «deve ficar à volta de 7 mil milhões de dólás», palavras do Sr.Eng. encarregue da obra. Alguém vai ter que pagar (100 mil já pagaram, mas isso são outras contas). E alguém vai receber. Devemos questionar isto.

Até há pouco tempo não tinha consciência disto: a Terra fica cá. Poluída ou não, com vida ou não, mas fica. Não é por homem desaparecer que o planeta deixa de existir, deixa de andar à volta do Sol. A Terra regenera-se. As probabilidades de o Homem voltar a existir depois da extinção é que devem ser poucas. Digo eu. Acho que a Terra acaba por levar a melhor. E uso esta expressão de "levar a melhor" porque não consigo explicar-me de outra forma. Outro conceito a repensar: "ficar a ganhar".
Saber se os cientistas sofrem pressões para torcer ou distorcer números, a favor ou contra, esta ou aquela linha de pensamento é, para mim, irrelevante. Não devemos duvidar quando dizem que alguém está a manipular a questão ambiental. Eu não dúvido. Tenho a certeza. Há manipulação quando querem fazer crer que há uma solução para o ambiente e que essa solução passa por medidas acordadas em cimeiras de fachada. É que também estas pseudo-cimeiras são para encher os olhos. De areia. Daqueles que ainda acreditam.

Pequeno detalhe 2:
Faz algum sentido, numa comunidade internacional preocupada com a qualidade do ar, o efeito de estufa e mais-não-sei-quê, faz algum sentido existirem quotas para as emissões de CO2? Não faz qualquer sentido. E se se pensar que um país cujas emissões de CO2 ficam aquém da sua quota pode vender o restante dessas mesmas um país que exceda por sua vez a sua, vê-se que se está perante uma palhaçada. Até a existência de uma entidade verificadora para garantir que quem se comprometeu cumpre, é um sintoma de como nos andam a enganar.

Quando o Homem se preocupar com o homem, acaba-se o problema ambiental. O homem é o ambiente. O ambiente é o homem. Como é a mosca, o cão, a pedra, a árvore... O homem é parte integrante, activa, é uno com o ambiente. Nós não temos que pensar numa solução. Pensemos no bem-estar do homem, integrado com o que o rodeia e temos a resposta para o problema ambiental. Nós somos a solução. Claro que quando isso acontecer, se acontecer, vamos sentir que muitas coisas melhoraram antes de repararmos nas melhorias no ambiente.
Já fui um defensor acérrimo de tudo o que fosse pró-ambiente. Se é verde é bom! Agora tenho para mim que o ambiente é o menor dos nossos problemas. É a equipa médica, de volta do doente moribundo, preocupada com uma micose nas unhas. Tratem o doente e verão se a micose não passa.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O Primeiríssimo

Começo assim, com estas singelas linhas, a ocupar também algum espaço virtual.
Um depósito de desabafos...
Vamos a ver no que dá.

 
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