quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

They're Fuckin' With Me Subliminally

Há músicas que me vão acompanhando durante a minha vida aqui no planeta. Tenho várias, e uma série de razões para as "trazer comigo". Uma letra ou um refrão intemporais são uma dessas razões. E esta é uma dessas músicas. O título é sugestivo e o nome da banda que a criou ainda é mais: Suicidal Tendencies. Hardcore do início dos '90, puro e duro. Ainda tocam e estiveram há coisa de 2 ou 3 meses aqui por estas terras. Para mim são os Stones do hardcore. Curiosamente (ou não) esta não é a única música de Suicidal que trago comigo. Já não os ouço tanto como ouvia, que o corpo também já não dá para grande head-bangin'. Kiddin'. Mas este título de Suicidal começou automaticamente a tocar assim que vi esta campanha de um banco (este é roxo) para vender relógios. A frase usada é "O tempo é um luxo". É só uma frase para vender relógios, mas é também o reforçar de uma ideia distorcida que nos tem vindo a ser imposta. Vendo bem, de subliminar tem muito pouco. É explícito e declarado.
Mesmo assim, acho que falta um remate, um ponto final. E atrevi-me a tentar corrigir essa falha (na minha leiga e modesta opinião, claro). O criativo que me desculpe mas apeteceu-me.
Então eu acho que a coisa podia acabar assim:







Acredito que o tempo é um luxo...
...e eu sou obrigado a vender o meu.

Acredito que o tempo é um luxo...
...e o espaço uma especialidade gastronómica.

Acredito que o tempo é um luxo...
...e que este banco ofereceu relógios aos seus funcionários para verem quantas horas dão ao patrão em vez de estarem com a família.

Acredito que o tempo é um luxo...
...e os impostos uma dádiva.

E ficava aqui o resto do dia a dar finais felizes à campanha. Mas não posso. Faltam-me os luxos.


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