Um material é tão mais resiliente quanto maiores forem os esforços
exteriores aplicados a esse material sem que o mesmo perca qualquer uma das
suas propriedades. Se, por exemplo, sujeitarmos uma viga de aço a um esforço de
torção, considera-se a resiliência dessa viga à torção imediatamente antes da
deformação plástica da viga surgir.
Já a resistência vai avaliar quando a viga entra em ruptura, muito depois
da deformação plástica.
Tenho visto na comunicação social o uso e abuso da noção de resiliência
(parece que a palavra está na moda) sem que quem dela faz uso (e abuso) tenha
plena consciência deste conceito.
Na vida, somos tão mais resilientes quanto menos as nossas necessidades
primordiais forem afectadas pelas agressões (esforços) a que estamos sujeitos. E
neste momento o Homem não é resiliente. Ou melhor dizendo, o “material Homem”
tem uma resiliência muito próxima, e infeliz, propositada e convenientemente, a
tender para o ZERO. Vivemos no limite. E a ruptura para muitos já aconteceu,
para outros está só a dois passos.
Quão resiliente és tu? Quão resiliente queres ser tu?
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