segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O Escafandro

Passaram muitos meses desde o meu último post. Desde de Abril de 2010 muita coisa em mim mudou.
Neste momento dedico-me, em parceria com um grande amigo de infância, ao design de escafandros. Isso mesmo, escafandros. O leitor neste momento questiona-se: "Escafandros?! Isto deve ser alguma piada óbvia sobre o afundamento da situação económica nacional..." Não é. Se quisesse fazer uma piada (óbvia) sobre a nossa economia iria usar, em vez da imagem do escafandro, as galochas. Tenho para mim que aquilo que agora vamos começar a sentir graças às medidas de austeridade que nos estão a ser impostas, não vai passar de uma inundação pela qual podemos passar ilesos com um simples par de galochas, quando comparado ao tsunami que se vai abater sobre nós. Longe de mim estar a desvalorizar o peso que estas medidas vão ter no orçamento das famílias portuguesas. Mas os nossos problemas não se ficam pelo esforço que nos é injustamente exigido para saldar as dívidas que os pulhas que temos tido como governantes têm contraído. O tsunami virá quando, em cima da inundação de cortes salariais e aumentos de impostos e de desempregados, acrescentarmos o aumento do preço do petróleo e o efeito-dominó que a falência (para alguns eminente, para mim já camuflada) da Grécia  dará origem.
Ensinaram-me em pequeno que «um homem prevenido vale por dois» portanto, se vejo no horizonte o tsunami a avançar, o melhor será prevenir-me e envergar o escafandro se quero um dia voltar a ver o Sol. E o que é o escafandro? O escafandro é a minha resiliência, é aquilo que me vai ajudar a superar os tempos difíceis que se avizinham e a mudar o modo de vida que conheci até hoje. Para melhor, claro. O meu escafandro é uma das razões que me tem afastado destas lides e provavelmente a melhor solução que encontrei para me integrar racionalmente neste mundo. O meu escafandro tem um nome e chama-se PERMACULTURA. Foi neste conceito que encontrei respostas para muitas questões que se me levantavam e estou cada vez mais convencido que encontrei um caminho para a transição. Agora só nos falta encontrar a terra para traçar o caminho.

1 comentário:

Tarelho disse...

Bem, não tens noção como fiquei contente de saber que ainda continuas a postar, e com todo o talneto que te reconheço para o fazer. De facto, temos de nos preparar para o que aí vem, mas não acredito que a própria economia global, segundo a conhecemos, se aguento até ao ano que vem... Terá de haver mudanças, porque de facto as pessoas chegarão a um ponto em que algo terão de fazer. Resta esperar... Um grande abraço, do teu amigo João Tarelho ;)

P.S. Visit my blog, pus lá coisas novas

 
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